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🌙 Aquele momento em que você está acordado de novo… Vamos entender a insônia e como vencê-la


1. Por que não dormimos? Possíveis causas da insônia:

  • Fatores predisponentes: personalidade ansiosa (neuroticismo presente em ~62% dos insônios crônicos) (pmc.ncbi.nlm.nih.gov)

  • Desencadeantes: estresse recente, mudanças na rotina ou eventos traumáticos

  • Fatores que perpetuam: crenças negativas (ex: “nunca vou conseguir dormir”), padrões de comportamento nocivos, uso de telas e substâncias como cafeína e álcool

  • Aspectos biológicos/genéticos: predisposição genética (genes como MEIS1) e alterações epigenéticas que mantêm o sistema alerta (en.wikipedia.org)

2. Como tratar? Opções eficazes, da mais leve à mais avançada:

🧠 Terapias não medicamentosas (recomendadas como primeiro passo)

  1. Terapia Cognitivo-Comportamental para Insônia (CBT‑I):

    • Técnica composta por restrição de sono, controle de estímulos, reestruturação cognitiva e relaxamento.

    • Considerada gold‑standard, com eficácia superior aos medicamentos em longo prazo (sleepfoundation.org, neurologylive.com).

    • Também funciona sozinha contra efeitos colaterais em pacientes oncológicos (nature.com).

  2. Terapias Autônomas Digitais (não inferior ao formato presencial):

    • Aplicativos como Sleepio (terapia guiada digitalmente) têm eficácia clínica comprovada e reconhecimento por entidades como NICE (theguardian.com).

    • CBT‑I digital totalmente automatizado (dCBT‑I) apresenta efeitos moderados a grandes (sem ter terapeuta), com base em meta‑análises envolvendo quase 10 000 sujeitos (nature.com).

  3. Terapias complementares:

    • Paradoxical intention: “tente ficar acordado” para reduzir a ansiedade de não conseguir dormir (en.wikipedia.org).

    • Aceitação e Mindfulness / Acceptance and Commitment Therapy (ACT): ensina a aceitar a insônia sem lutar, reduzindo a preocupação (vogue.com).

    • Biofeedback / neuromodulação: feedback de EEG, estimulação auditiva em tempo real e wearables que ajudam a desacelerar o ritmo cerebral .

  4. Terapia de restrição do tempo na cama:

    • Reduzir o tempo na cama para concentrar o sono e aumentar qualidade → melhor controle da ansiedade e do ritmo. Em estudos recentes (Oxford), mostrou eficácia com redução dos casos de ansiedade/depressão (thetimes.co.uk).

💊 Medicamentos (quando necessários)

  • Antagonistas dos receptores de orexina (ex: lemborexant) têm potencial combinado com CBT‑I em modelos personalizados (pmc.ncbi.nlm.nih.gov).

  • Hipnóticos tradicionais (como zolpidem) ainda aparecem em estudos, mas devem ser usados com cautela pela tolerância e efeitos adversos .

3. O que fazer hoje à noite? Dicas práticas para pôr em prática já:

  • Sono higiene não basta sozinho, mas ajuda junto com outras técnicas: criar rotina, escuridão, silêncio, evitar telas e substâncias .

  • Use aplicativos TCC digitais, como Sleepio ou dCBT‑I, especialmente se não conseguir acesso rápido à terapia presencial (theguardian.com).

  • Experimente paradoxical intention: deite-se confortável e diga a si mesmo “vou ficar acordado”, para diminuir a pressão de dormir.

  • Adote exercícios de aceitação: ao sentir a mente disparar, reconheça o pensamento (“isso é só um pensamento”) e volte ao momento presente.

  • Considere biofeedback high-tech: headbands ou wearables que monitoram e estimulam padrões cerebrais em tempo real têm emocionantes resultados iniciais (en.wikipedia.org), mas procure orientação especializada.

4. Terapias avançadas e o futuro:

  • IA + CBT digital: assistentes baseados em IA (como NeuroPal) fornecem intervenções de cronoterapia, reestruturação cognitiva e ajuste bioquímico; estudos iniciais apontam melhora de ~37% no índice de qualidade do sono (mdpi.com, arxiv.org).

  • Estimulação cerebral transcraniana & neuromodulação: wearables que modulam ondas cerebrais “slow-wave” têm mostrado reduzir o tempo para adormecer em cerca de 24 minutos (arxiv.org).

📝 Conclusão: insônia pode ser tratada de forma eficaz

  1. Identifique fatores de risco e padrões mentais.

  2. Comece por CBT‑I (presencial ou digital).

  3. Use técnicas complementares (paradoxical intention, mindfulness).

  4. Explore biofeedback, terapias high-tech e, se for o caso, medicação sob orientação médica.

  5. Aposte no futuro: terapias assistidas por IA estão chegando, transformando o cuidado com o sono.


 
 
 

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